domingo, 27 de março de 2011

Ausência


Quando estou longe de ti
Eu sinto meu pesado peito, outrora cheio de amor, doer
Mesmo dormente de tanta dor
Como se estivesse derretendo em lágrimas de sangue

Mas quando estou a teu lado
Mesmo que sem motivo, que não passe de uma ilusão
Me sinto bem, alegre com tua felicidade
Teu sorriso é tudo pra mim, mesmo que teu coração não me pertença

Sinto o tempo passando vagarosamente em meus dias
Arrancando de maneira dolorosa cada sorriso presente em minha memória
Deixando apenas vazios e tristezas
Será que esse destroçado coração ainda pode amar?

Dizem que a esperança é a última que morre
Mas depois que ela se vai, o que resta?
Pois mesmo sem esperança alguma, ainda insisto em rastejar em tua direção
Buscando poder novamente sorrir junto do teu sorriso

sábado, 12 de março de 2011

Solitude


Suma em um horizonte de eventos
E de hiena que és, passaras uma lágrima a carregar
Pois uma maldição deixarei de herança pra ti
E com a culpa viverás

Com uma caneta e um pedaço de papel irei te esboçar
Irei te distorcer, borrar, rasurar e abandonar
Pois tu és minha Raison D'etre
E em tu, me inspirei a (não)viver

Não quero mais viver a esmo
Por isso te peço, deixe-me ir com você
Não desapareça sem mim, deixe-me ir com você

Não deixe a paranoia te cegar
Mas quero que saibas
O óbvio nem sempre está certo

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tarde Demais


Não se esconda, não se mascare
Não deixe lágrimas e sorrisos escondidos
Amanhã pode ser tarde demais
Pois um simples sorriso pode mudar tudo
Pois uma pequena lágrima pode ser o pouco que faltou

Não me venha com meias palavras
Meias palavras não vão te ajudar
Nem um pouco
No máximo atrapalhar
Então fale tudo, fale completo, não fale pouco

Não é digno da beleza da flor, aquele que teme os espinhos
A tristeza pode ser demais, a angústia voraz
Mas o que seria da alegria sem a dor?
Quanto mais salgada, a água, for
Mais doce será, do mel, o sabor

Então me diga porque de louco me chamas!
Vida só temos uma, finita, curta e sem data de validade
Não me censure por sofrer, por amar, por viver
Não tenho medo de morrer
Quero aproveitar
Sem medo de dizer "Poderia ter feito melhor"

domingo, 6 de março de 2011

Sem Você



Uma bela noite fria, sem luar
Uma grande tempestade, sem molhar
Uma ventania solta, sem o ar
Uma longa melodia, sem dançar

Um insano andarilho, sem andar
Uma nítida frequência, sem radar
Uma semente de esperança, sem brotar
Uma flor de lótus branca, sem lugar

Um mistério, uma magia, um não-amar
Um relevo de agonia, um não-chorar
Uma treva em pleno dia, um não-olhar

Um soneto de repente, pra lhe contar
O que sou sem teu abraço e teu olhar
Sem a sua direção pra me guiar

Autor: (Pedro Alencar)

PS.: Pedro, adoro seus textos \o
Bom dia; Boa tarde; Boa noite;