terça-feira, 12 de novembro de 2013

Confusão

Quando nos olhamos em um espelho
Será que não somos observados reciprocamente?
Quando dormimos e sonhamos
Será que não despertamos em outro lugar?

Nascemos, vivemos e morremos
É tudo apenas um ciclo
Um emaranhado de caminhos cruzados
Caminhos predefinidos por escolhas

Será este um ciclo finito?
Se é finito, por que estamos aqui?
Não sei se sou o único a pensar nisso
Mas não existe presente ou futuro, apenas passado

Como todo ciclo, um exemplo, relógios analógicos
12h00 e 00h00 não tem diferença
O inicio é o fim, e o fim é o inicio
E se o espaço/tempo é infinito, por que não pensar nisso?

Um mundo paralelo; Um reflexo da realidade
Ou apenas um único mundo psicológico
Como em Matrix, algo virtual, artificial
Uma serie de objetos instanciados em um único aplicativo

O mundo é tão pequeno, não?
Algumas coincidências são assustadoras
Sonhos; Pensamentos interligados; Déjà vus;
Apenas interferências internas de uma unidade

Dizem que os olhos são as janelas da alma
Quando se olha nos olhos de um reflexo, o que se vê?

domingo, 29 de setembro de 2013

Amigos

Como o sol é as 5h A.M.
É do mesmo jeito as 5h P.M.
Apenas de um lado diferente

Amigos verdadeiros são um tesouro
Tão valiosos quanto aquela pequena pérola que ilumina as noites
Um vinculo mais forte que o aço, indestrutível se bem cuidado

Lembranças conjuntas para estruturar tal amizade
Problemas para, em par serem resolvidos, e fortifica-la
Pois qualquer construção imponente, precisa de suas pedras
Com este laço, construído com Flores e Pedras em doses certas, não é diferente

Como as horas em um dia
5h A.M. e 5h P.M. sempre estarão separadas por 12 horas
Mas sempre terão algo em comum: Aqueles belos raios de sol serão os mesmos
Nascentes, fazendo nascer um novo dia;
E Poentes, coroando aquela moeda de prata que gira pelo céu

As vezes os problemas,  o tempo ou a distancia acabam separando as pontas do laço
Mas aqueles fortes (os verdadeiros) nunca se perderão!
Pois a amizade não é um barquinho de papel no meio de um rio
Mas é como aquelas belas formas em pedra, construídas pela erosão do vento

E para aqueles que guardo a sete chaves
Não importa o dia ou a hora
Saibam que sempre poderão contar comigo!

(Gênio da Lâmpada)

Bom Dia; Boa Tarde; Boa Noite;

domingo, 14 de julho de 2013

Ser ou não ser

Quem sou?
Sou quem vejo?
Ou sou o que me veem?

Sou o que acho que sou?
Ou sou o que acham que sou?

Acabo sendo ambos...
E consequentemente
Nenhum!

Apenas sou!

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

sexta-feira, 28 de junho de 2013

E outro dia

E meus olhos te focaram
E meus pés foram ao encontro de ti
E meus pensamentos congelaram
E eu sai de mim

Todas aquelas coisas
Todos aqueles momentos
Também alguns erros
Agora são meros pensamentos

E de repente tudo sumiu
Sucumbindo à raiva
Que em receio se tornou

Não soube o que fazer
Tão menos o que dizer
Apenas virei-me e fui embora

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Relativo


Sinto-me em agonia, sufocando
Arrastado atravéz de um rio turbulento
Para onde? Ninguém sabe
Estou me afogando

Vejo mãos tentando me ajudar
Tentando me puxar para fora
Mas aquela não está lá
Aquela que poderia me ajudar
(se é que ainda exista)

E quando sinto que não aguento mais
Com o peito em brasa
Subitamente algo me da fôlego
Apenas para tornar a me afogar

De repente, a turbulência cessa
Sinto-me puxado para fora
Finalmente torno a respirar
Não por muito tempo

Não puxado, apenas jogado
Para fora de um rio vertical
Posso voar!
Até que as pedras abaixo de mim...
Desmintam-me!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Perdido


Escrever...
Sinto como se tivesse perdido isso
Irônico
Acho q é culpa do livro que li (o primeiro)
Não sei mais o pouco que sabia rimar
Só sei, agora, ler e imaginar
Uma cena não minha, mas de outro alguém
Ou, até mesmo, uma mentira, de ninguém



O problema é que escrevo sobre o que sinto
Mas o que sinto? Apenas não sinto...
Vazio!
Me sinto perdido, fragmentado
Ébrio em pensamentos
E, ao mesmo tempo, sóbrio na realidade

Tudo que me vaga na mente são lembranças
Momentos outrora tão presentes
Sons, pessoas, lugares
Agora disso, apenas saudades

Aquela tão saborosa taça de vinho só me amarga o paladar
Aquela tão melódica musica só perturba meus ouvidos
Aquelas tão belas cores nada mais me transmitem
Nem mesmo meus velhos amores me alegram

"I play a note, but hear no sound. Have I lost my love or the wings I found."

Agora, apenas o frio me certa
E, junto a ele, alguns tons de cinza
"É como se os dias apenas passassem"...

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Quarto 207


E quando a vontade falhar?
E quando a força acabar?
O que devo fazer?

Meus pés estão cansados
Meus ombros, pesados
Meus pensamentos, inquietos
Remoendo o passado
Sinto um eminente colapso

Aquela musica não é mais a mesma
Aquela visão não é mais a mesma
Aquele lugar não é mais o mesmo
Ou apenas serei eu...
Que não sou mais o mesmo?

Hoje sinto o peso do destino
Traçado pelo meu passado
Moldado pelas minhas decisões
Feliz com isso? Nem um pouco...
Mas não me arrependo de nenhuma delas

Será esse o eterno gosto da vida?
Essa coisa amarga e insossa?
Ou apenas sou eu...
Que insisto em escolher o caminho difícil?

Estou, mais uma vez, cansado
Queria apenas aquele passado
Lembrança morna e aconchegante
Como um cobertor em uma manhã chuvosa de domingo...

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

quinta-feira, 28 de março de 2013

Solitário

[Autor Desconhecido]

Não me julgues.
Não tentes entender-me.
Sou como o vento
Não tenho destino.
Apenas passo...
Aproveita a brisa !

Não me prendas,
Não me possuas.
Sou como água,
Se preso, evaporo.
Mate apenas tua sede !

Não tentes guardar-me.
Não me aprisiones.
Sou como as flores,
Colhido, feneço.
Guarda-me o perfume !

Não me descrevas.
Não me modifiques.
Sou como um sonho,
Uma Ilusão.

Não me acompanhes,
Não tentes seguir-me!
Sou como um cometa, 
solitário.
Apenas admira-me...
Neste momento, então,
Serei Poeta.
Teu Poeta.

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

quinta-feira, 21 de março de 2013

Arrogancia


O conhecimento é um dom, mas também uma maldição, que, como uma fera insaciável, sempre busca mais e mais

Felizes são aqueles que se contentam com o pouco
Talvez não vitoriosos, mas com certeza, felizes
Pois a maior beleza da vida, não está em uma grande reflexão ou em uma equação geral
Mas sim, nos pequenos detalhes, que, ao buscar o sucesso, deixamos passar despercebidos
Vitoriosos somos nós? Talvez...
Mas não mais felizes que aqueles que observam os pequenos detalhes
Ou, pelo menos, não só graças ao conhecimento

Uma moeda; Duas faces; Uma escolha; Uma vida;
Não a desperdice!

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

quarta-feira, 20 de março de 2013

Cotidiano


Por debaixo dos panos, a vida acontece
Debaixo de cada pedra, uma lagarta (lenta e tranquila)
Entre cada fenda, uma flor (onde está o beija-flor?)
Dentro de um ônibus lotado, um sonhador
Que ao olhar o sol poente, se pergunta "onde esta o meu amor?"

Em meio ao tumulto das ruas, um passarinho canta (livre e despreocupado)
Sobre um muro alto, um gato preto observa os que ali passam (com desdem)
E aquele lá, imperceptível, quase invisível, se pergunta "será
que ela sabe?"

Com um chiclete no sapato e o cabelo bagunçado, ele segue seu rumo
Ouve o vento, o som das arvores, o canto dos pássaros
Senta num banco de praça, e, ao seu lado, um cachorro deita
Olha pra ele e se questiona (novamente)
"O que eu deveria?"

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

sábado, 16 de março de 2013

É loucura...


É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim um recomeço!

(O Pequeno Príncipe)

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

segunda-feira, 4 de março de 2013

Poeta


Não sou poeta
Não me considero poeta
Não escrevo sobre amores
Nem sonhos e nem anseios

Apenas descrevo o que vejo
Relato o que penso
Pondo-os em palavras e versos
Tentando esvaziar o meu peito

Não gosto de rimas forçadas
Nem de escrever por obrigação
Apenas transcrevo o que vejo (em minha mente)
Coisa que muitos chamam de inspiração
Pois, de que vale ver toda a beleza das coisas simples
E guarda-la pra si mesmo? Não é mesmo, Musa?

Não sei se isso é ser poeta
Se for, me contradisse logo de inicio
Então, eu sou!

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

sábado, 2 de março de 2013

Um momento de monotonia



E então, entediado, pegou sua bolsa e saiu da sala. Observou o horizonte pela janela do sexto andar por alguns instantes, enquanto tirava os óculos escuros da gola da camisa e os punha no rosto. Logo após, desceu.

Ao longo dos seis andares de degraus que descia - pois tinha claustrofobia e não gostava de elevadores - pensava em como seria sua vida dali a alguns anos, se seria programador, professor, artista gráfico ou, até mesmo, músico. Tudo muito confuso ainda.

Ao sair das escadas, olhou para a balconista, acenando com a cabeça, arrumou o cabelo e saiu do prédio.

Que estranho. No mínimo, incomum. A avenida, constantemente movimentada, à frente da sua escola estava silenciosa, como se todos os carros tivessem sumido. O único barulho presente, era o dos pés das pessoas que esperavam por algum ônibus na parada do outro lado da rua e o canto abafado de alguns poucos passarinhos que voavam por ali.

Aquele barulho... Que doce melodia! Não o do canto dos pássaros, mas o dos inconstantes passos na parada que, em momentos comuns, estaria caoticamente movimentada e barulhenta, com pessoas conversando, carros passando, ônibus parando e inúmeros passos apressados atrás destes. Mas naquele momento, era diferente, era algo agradável.

Seguiu rua abaixo, enquanto tentava reconhecer o som dos pássaros ou escutar o barulho de algum veículo que passasse por ali. Estava tudo tão calmo, que sentia-se seguro até em cruzar a rua sem observar se havia algum carro ou não, embora o fizesse e comprovasse a monotonia do local. Ao caminho da parada, admirava cada uma das poucas árvores por que passava. Tão altas, velhas e formosas, como as dos filmes que assistia, com galhos grossos e baixos, copa cheia e tronco quase da largura da calçada.

Quase que em transe com aquela sinfonia silenciosa, eis que surge o primeiro barulho! Um ônibus - seu ônibus - e outro, e mais outro. Aquelas enormes máquinas móveis pareciam grandes feras dóceis em um mundo inerte de concreto. Olhou-os por um tempo e sorrio, imaginando os inúmeros lugares e as incontáveis histórias por onde aqueles e os outros que vinham já haviam presenciado - e também, de maneira irônica, por ter perdido seu ônibus.

De repente, um vento frio toca seu rosto, forçando-o a fechar os olhos por causa dos grãos de areia que soprava.

-Atchin!

Sem entender o motivo do espirro, ja que não estava gripado e nem a constante coriza o perseguira nesse dia, pegou o lenço do bolso e passou no nariz coçando-o, como de costume, para evitar que espirrasse novamente.

Após guardar o lenço, deu um sorriso torto, olhou para os lados - ato que ja se tornava necessário - e, após os carros passarem, cruzou a larga rua olhando para o céu em busca da lua, mesmo sabendo que era cedo demais para esta esta lá. Seguiu seu caminho, não mais admirando as grandes e velhas arvores, mas as muitas plantas que cresciam nas faixadas dos prédios antigos e abandonados, quase em ruínas, ao seu lado.

Mal se deu conta, já estava quase na parada. Ao chegar no final da calçada, o sinal fechou. Dessa vez, cruzou a rua olhando para o lado, não a fim de tomar cuidado com o fluxo de carros, mas para ver o horizonte acima do teto baixo da estação de trem, que se encontrava em uma área menos elevada, ao lado do rio.

Após mais alguns metros, chegou ao seu destino. Encostou-se em uma das colunas que sustentavam os tetos das paradas e esperou o ônibus, enquanto olhava para as pessoas que estavam no local e para a praça à sua frente.

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Rascunhos


Por que remexer no passado?
Se nossa história é escrita com caneta
Sem corretivo ou espaço para rasuras

"O amor deixa marcas
Que não dão pra apagar"
E assim enfeitamos nossos corações

Neste pedaço de papel(virtual)
Rascunho mais algumas ideias
Desta vez, não minhas, mas alheias

Por que escrever sobre algo que ja foi escrito?
Uma musica talvez, algo além do que consigo
Não me dou o atrevimento de reescrever algo tão bem escrito

Amace os rascunhos e jogue-os fora
Guarde os recortes e cole-os em um álbum
Lembranças são sempre boas
Mas o relógio só gira em um sentido!
De que adianta enfeitar a arvore se já estamos em fevereiro?

Os ponteiros estão girando
Não és só musa que eu sei... És também poetisa!
Tens caneta em mãos e espaço para novas histórias no papel
Não gaste mais folhas tentando reescrever histórias
Use-as para novas outras, para outras mais

Fui desafiado... Aceitei... Falhei!
Peço desculpas por te desapontar...
Desculpe-me por este suco de tamarindo que parece de laranja mas tem gosto de limão

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Realidade


Enrolado no cobertor
Voando, viajando, quase sonhando
Perdido em pensamentos
Nem todos bons, nem tão bons

Cochilo, me cubro e me viro
Embarcando em um navio pirada
Cruzando os mares, canto
Bêbado com meia garrafa de vinho
E duas de champanhe
Naufrago, afogo, não nado
Peso tanto quanto pedras

Minhas pernas se movem
Mantenho-me inerte no mesmo ponto
Me jogo, rolo duna abaixo
Ando, corro, apenas sonho
Acompanhado apenas por minha sombra
Perdido num deserto
Imóvel me congelo

E de repente, acordo!
Diminuo a velocidade do ventilador
Me cubro novamente
E durmo!

Bom dia; Boa tarde; Boa noite;

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Reflexões


Viva o hoje como se o amanhã não viesse e o ontem nunca tivesse existido

Nunca olhe só para os seus pés. Sempre olhe ao redor.
Nunca apague suas pegadas. Elas evitarão que ande em círculos.
Nunca deixe de escutar, mas não aceite algo apenas por que foi dito.
É sempre bom receber elogios, mas uma crítica sincera é muito mais útil. Devemos saber escuta-las.

Escudos e armaduras são ótimas proteções, mas nenhuma arvore cresce só com casca.

Nunca desista dos seus sonhos, mas não esqueça que eles são apenas UM entre vários detalhes que compõem a vida.
Cuidado com o que sonha. Talvez o de olhos fechados seja menos ilusório.
Não morra por algo. A vida é inconstante e, as vezes, um caminho deve ser fechado para que outros se abram.
Não é por que UM pensa ou age diferente de MUITOS que ele estará errado, mas também não significa que esteja certo.
Nunca perca a confiança em si ou abra mão de seus sonhos. Eles são a única coisa que você realmente tem.

Nunca tome decisões em momentos de raiva, tristeza ou alegria. A vida não é apenas um momento.
A vida é feita de momentos. Um único momento pode valer por muitos, mas também pode arruinar vários outros.
Nada é insubstituível, imutável ou eterno, mas algumas coisas são únicas, constantes e duradouras.
Você, assim como todos, tem defeitos. Não os ignore. Conheça-os, entenda-os, aceito-os e reduza-os.
Sempre é bom ter alguém em quem confiar cegamente, mas é bom olhar onde se pisa. Ninguém gosta de ser pisado.

Lhe atiram pedras? Use-as para construir seu castelo.
Ninguém é de ferro, mas expor fraquezas nunca levou ninguém a nada.
Humildade nunca matou ninguém. As vezes é melhor ficar calado e esconder as cartas. Toda vitória tem um preço.
Não é vencendo batalhas e guerras que se atinge a glória. Mortos não cantam canções e nem são muito bonitos.
Mais vale uma pedra na garganta do que uma lagrima à sua frente no chão.

O que hoje é um desafio, algo importante ou que cause dor, amanhã pode se tornar algo trivial.



Bom dia; Boa tarde; Boa noite;


Ps.: Talvez isso pareça algo idiota ou sem sentido para muitos, mas esses pensamentos foram destinados aos poucos que se derem ao trabalho de ler e refletir sobre elas. Até hoje, só lembro de uma P.essoa que talvez entendesse esses meus pensamentos confusos e incoerentes, por isso não dedico aos que entenderam, pois não creio que mais alguém o faça como esta única, mas sim, aos que, mesmo não entendendo ou estranhando, leram até o fim e guardaram algo disso para si.